Antes de ir embora do Brasil tive um jantar com meu padrinho Vicente Moreno. De todos os fatos e historias que foram narradas naquela noite, um peculiar diálogo que ele teve no passado me chamou a atenção.
Em uma entrevista de emprego ele disse: “Eu posso vir a trabalhar aqui, mas eu não trabalho para nenhuma empresa, trabalho para minha família.”
Quando me mudei para o Reino Unido, há 10 meses, comecei a trabalhar em uma startup que está desenvolvendo um produto que vai revolucionar o email.
Depois de meses trabalhando lá, percebi que eu ganhava quase metade do que o mercado estava oferecendo. Teoricamente é aceitável, afinal estava em uma empresa que ainda não tinha receita.
As palavras do meu padrinho fizeram sentido naquela situação. Ou eu apostava a minha vida no futuro daquela empresa ou eu tomava o controle do que iria acontecer comigo daqui para frente.
Passei pela tortuosa jornada na busca por um novo emprego. Agentes recrutadores, 300 mil ligações, entrevistas, testes, e no fim, um novo começo.
Já faz um mês que comecei a trabalhar como desenvolvedor na minha nova posição em Londres.
Parece que toda mudança em minha vida vem pares . Também faz 1 mês que me mudei para um vilarejo chamado Farnham.
Ainda ontem, passeando com a Snow na pracinha, comentei que sentia saudades da Molly…
Bom receber notícias suas, abraço.